quarta-feira, 8 de maio de 2013

Mais um dia de outono...

Hoje o outono amanheceu mais frio, aliás,
durante toda a madrugada ele foi bastante rigoroso.
Antes mesmo do tempo virar, você sentira as sensações torturantes
que anunciavam o presságio da noite gélida que viria pela frente.
A dor no ossos, pelo vento frio que teimava em assoviar,
chegou na alma. Um silêncio ecoava de teu peito, a dor era grande.
Não haviam mais casaco, calça, meias, luvas,
só restaram meus calçados.
O sol raiou e veio uma tremenda ventania
mexeu com toda a aparência da cidade
as folhas voaram alto e ao caírem,
atingiram alguns corações e mais lágrimas rolaram.
Hoje foi um dia turbulento, ou melhor, tem sido,
mas o clima já está mais ameno. Agradável até para se tomar o sol das 16h.
Duas ventanias fortes, provocaram algumas rusgas,
mas nada que um belo lenço umedecido,
que te limpa a maquiagem borrada,
pela cachoeira que caíra de teus olhos, não resolva.
Mas uma coisa você tem a agradecer,
foram-se os anéis, ficaram-se os dedos,
ou melhor, os calçados, e é com eles,
que você, em pé, e não mais querendo algum banco,
ou pessoa, que não seja você, como sua companhia,
começará a caminhar por entre ruas e folhas,
por entre tardes agradáveis e noites gélidas,
mesmo que Buarque tenha tido razão ao dizer que,
"Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu",
afinal tua companhia, daquela tarde agradável de início de outono, partiu.
Só fica uma resposta. Eu sou forte, você está vivo, estamos unidos e é hora de viver.
Boa sorte, em sua nova caminhada e que o outono, ao se encerrar, só te traga as melhores flores de sua primavera parisiense.

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