quarta-feira, 11 de junho de 2014

Eu não sei ser metade.
Mas dessa metade
que se é reconstruído o todo.
Um todo no novo, um novo em todo.
Há nove anos, há 17 meses,
Fui, fomos, me torno, sou,
deixamos, partimos, parto.
De Gonçalves, a ouvidores,
do gago da Riachuelo, entre largos suíços, os arcos da Gonçalo.
Eu, eu meio, eu inteiro, evaporo.
Evaporando de um jogo de xadrez, um xeque-mate.
Um tabuleiro da baiana, entre ladeiras e morros.
Ganzás e chic chic booms.
Caróis, Brabecs,  Mays, Laras, Daniellas e Marcelas,
Mileises, Byrons, eus.
Consequências, escolhas, renúncias, resultados.
Inteiros partidos, inteiro na metade.
Há quem vai, há quem foi, há quem desista, há as travas.
Venci, criei outras, as vencerei.
Uma ida, uma metade descontruída, uma metade erguida.
Seres, amores, exitências, vida.
E da metade se brota a árvore da garra, da crença, da certeza.

Da metade, me torno inteiro.

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